sexta-feira, 6 de junho de 2008

Selvagem


[verso 1]
canções tribais e ervas que curam tudo
as estrelas me protegem, contra os distúrbios
transcendental, força ancestral no meu gene
experimentando ondas, mas sem ir igual Amy
Yanomami, nadando com répteis, Rio Negro
os sonhos correm camuflados no vale do medo
sinceridade nativa, neurose amazônica
Mogulalás, Deus Rá, suspeita maçônica
na noite fria pela tundra, os deuses tão loucos
os lobos uivam alto, pois os canibais tão soltos
a natureza fala, mas a grana ensurdece
almas tão possuídas, raízes enfraquecem
mas descanso em Eldorado, paisagem de ouro
pelo parque jurássico cheio de matadouros
a floresta respira, viver aqui, me inspira
adaptado à lama vou achando as safiras

[refrão]
meu estilo é selvagem
seu estilo é selvagem
quem manda é selvagem
quem obedece é selvagem
sou o espelho do mundo e o mundo é selvagem
e os que fingem que são santos também são selvagens

[verso 2]
rituais na oca fazem bem pro espirito
Tupã abençoa só os guerreiros mais líricos
bebo água no lago, vejo meu espelho mistico
enxergo quando vem a guerra, preparei meu físico
luto onde cê quiser, sou selvagem, anfíbio
os invasores são ninguém mesmo dando esses tiros
vamo almoçar vocês, não, não somos de Xingu
podem até tentar fugir daqui, temos seu vodu
fêmeas sempre de quatro, leoas de norte a sul
é melhor mentir pra elas, "América em Platoon"
sou um animal raro, faminto e nunca em jejum
aqui os mais velhos soam novos como em Cocoon
fumar uns pra relaxar, no meu mundo é ouvir
o Universo falar, que todos tem que se unir
povos não vão mais lutar pra competir entre si
sonho, acabei de acordar, agora deixa eu ir viver, porque...

[refrão]
meu estilo é selvagem
seu estilo é selvagem
quem manda é selvagem
quem obedece é selvagem
sou o espelho do mundo e o mundo é selvagem
e os que fingem que são santos também são selvagens

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